Três milicianos foram condenados, na madrugada desta sexta (30), pela morte do agente federal Ronaldo Heeren, em fevereiro de 2020. Dejavan Esteves dos Santos, o Armeiro, foi condenado a 23 anos e 2 meses de prisão. Wenderson Eduardo Rodrigues Francisco, o Cara de Vaca, a 31 anos e três meses.
Dejavan e Wenderson responderam pelo homicídio de Ronaldo Heeren, e pela tentativa de homicídio do agente Plínio. Já o terceiro réu, Leandro Pereira da Silva, o Léo do Rodo, foi denunciado por fraude processual e condenado a 5 anos de prisão .
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, os milicianos confundiram os policiais federais com traficantes da facção criminosa que dominava a favela antes da milícia.
No dia do crime, Heeren retornava de uma diligência em Santa Cruz, em um carro descaracterizada da Polícia Federal, quando ele e seu colega foram abordados pelos milicianos, na esquina da Rua Ibicoara com a Rua F.
Os criminosos desceram do carro com as armas em punho, apontando para os policiais e, em seguida, fizeram diversos disparos.
Heeren foi baleado na cabeça e morreu local. Ricciardi conseguiu sair do carro e se esconder uma casa próxima, até ser socorrido por policiais militares.
Para tentar confundir a polícia, Leandro chegou a determinar a outros integrantes da milícia (ainda não identificados) que pichassem a viatura da PF com as iniciais da facção criminosa, com o objetivo de fazer com que os investigadores pensassem que o ataque aos policiais federais teria sido cometido pelo tráfico, e não pela milícia.