Sem programa em saúde mental, policiais federais e servidores contam com SSDPFRJ que oferece atendimento sem custo em Departamento de Psicologia e Psiquiatria

28 de abril de 2021

O MPF no Rio de Janeiro instaurou nesta segunda-feira (26/04) um inquérito civil público para apurar a possibilidade de reincidência de doenças psiquiátricas em policiais e servidores administrativos na Polícia Federal do Rio de Janeiro. O Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial investiga se há previsão de programa de prevenção a suicídios e problemas psicológicos. A implementação de um programa desse tipo é um pleito antigo da Fenapef, que já realizou levantamento sobre saúde mental na Polícia Federal, em 2019. Os dados mostraram taxa de suicídio 10 vezes mais alta do que na população em geral. 31 servidores da instituição tiraram a própria vida nos últimos dez anos.

Para dar suporte em saúde mental aos policiais e servidores da PF, o SSDPFRJ inaugurou, em 2017, o Núcleo de Atenção à Saúde que conta com um Departamento de Psicologia e um de Psiquiatria e Medicina Ocupacional. O psicólogo Salvador Juliano atende e coordena o Departamento de Psicologia. Ele explicou o porquê do aumento de transtornos como pânico, depressão, ansiedade generalizada e fobias específicas, os mais incidentes entre os policiais.

“A atividade policial já é, por natureza, uma atividade estressante, disparadora de ansiedade. Muitos fatores atuam sobre isso como pressões da família, da população, os horários complicados, as chefias e as cobranças excessivas. Em convênio com o Sindicato, como prevenção, nós fazemos divulgação de informações sobre esses transtornos e, em termos de tratamento, temos um Departamento de Psicologia e um de Psiquiatria e de Medicina Ocupacional, ambos disponibilizados pelo Sindicato para atender o servidor, sem nenhum custo”, informou.

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