Realizada pelo SSDPFRJ em parceria com a SR/RJ, palestra da Campanha Setembro Amarelo é prestigiada por servidores da PF e personalidades da instituição

23 de setembro de 2022

O SSDPFRJ realizou nesta quinta-feira (22/09) em colaboração com a Polícia Federal carioca a palestra “Psicopatologias adquiridas em função da atividade policial” no auditório da SR/RJ. O evento foi apresentado pelo psicólogo aposentado da PF, atualmente coordenador do Departamento de Psicologia do SSDPFRJ Salvador Juliano e contou com a participação do professor de psicopatologia do IBMR Carlos Linhares. Com um grande número de servidores, a palestra fez parte da Campanha Setembro Amarelo.

O presidente do SSDPFRJ Luiz Carlos Cavalcante classificou o evento como histórico já que foi oferecido pelo Sindicato em ampla e total parceria com a Superintendência da PF no Rio.

“A saúde mental se deteriorou na pandemia e o nosso órgão vive uma epidemia de transtornos mentais há muito tempo. Esbarramos na falta de políticas públicas mais contundentes”, salientou Cavalcante.

Segundo o psicólogo Salvador Juliano, a PF ainda não tem uma estrutura para trabalhar a prevenção a transtornos mentais. “Hoje, temos no Rio os profissionais do Núcleo de Atenção à Saúde do SSDPFRJ como rede de comunicação e apoio que traz acesso à informação e tratamento psicoterápico gratuito aos servidores sindicalizados”, explicou Juliano.

O Superintendente da PF no Rio, Ivo Roberto Costa da Silva também prestigiou o evento e observou a responsabilidade dos servidores em ajudar uns aos outros. “A gestão tem a responsabilidade de se reinventar no formato, na estrutura, em como trata o servidor, mas os colegas também têm a responsabilidade de identificar os sinais de que algo não vai bem”, acrescentou Costa.

Sobre as altas taxas de suicídio na instituição, quase seis vezes maiores do que na população em geral, o professor do IBMR Carlos Linhares explicou que um dos maiores desafios é enfrentar a “predominância da cultura do policial indestrutível”. “Não é permitido ao policial se vulnerabilizar, ficar doente. Isto é tido como fraqueza, quando na verdade qualquer um de nós está sujeito a precisar de ajuda em relação à saúde mental. Não é vergonha alguma e falar sobre o tema francamente ainda é a melhor solução”, apontou Linhares.

Também prestigiaram o evento, que foi transmitido on-line, o secretário geral do SSDPFRJ Iranilmo Lopes e o DRCOR/RJ, João Paulo Garrido Pimentel.

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