Psicólogo do SSDPFRJ afirma que retorno gradual ao convívio é incremento à saúde mental das pessoas

16 de março de 2022

No Rio de Janeiro o uso obrigatório das máscaras foi retirado em decreto oficial do prefeito. Todas essas modificações impactam a vida na cidade, mas também a saúde física e mental das pessoas. O SSDPFRJ, que conta com um Departamento de Psicologia no Núcleo de Atenção à Saúde, para atender os sindicalizados, conversou com o coordenador do setor, o psicólogo Salvador Juliano, para entender as mudanças.

“As pessoas estão voltando a se encontrar de forma gradual. Isto é muito bom para a saúde mental, porque os relacionamentos interpessoais melhoram o emocional das pessoas, aliviam o impacto negativo de outras esferas da vida como, por exemplo, o estresse cotidiano advindo do trabalho”, comenta o psicólogo.

Por conta do isolamento social, transtornos emocionais como ansiedade e depressão tiveram um aumento entre a população. O adoecimento, perda de familiares e amigos e o medo do vírus, uma ameaça biológica, também foi um novo fator que abalou a saúde mental das pessoas. Com a pandemia de Covid-19 caminhando para tornar-se uma endemia, o psicólogo acredita que as pessoas podem também ficar mais confiantes.

“Acredito que estarão mais seguras para se relacionar, sair de casa. Não será igual ao cenário pré-pandemia, mesmo porque vimos que algumas atividades podem ser feitas de modo virtual, mas outras vão voltar à rotina. Por enquanto, as pessoas ainda estão ressabiadas.”

As sequelas deixadas por esse período delicado podem ser tratadas com psicoterapia, segundo Salvador. “Tiveram pessoas que ficaram internadas, se curaram e estão ótimas. Outras nem pegaram o vírus e estão péssimas, não conseguem se relacionar, entrar nos lugares, subir em ônibus. Cada um tem as suas crenças e funciona de acordo com elas, que às vezes são realistas, às vezes são distorcidas.”, pontua.

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