Presidente do SSDPFRJ realiza palestra sobre Segurança Pública em universidade de Niterói

4 de maio de 2018

O presidente do SSDPFRJ, Luiz Carlos Cavalcante, falou ontem (3/5), no seminário “Segurança pública: qual é o país que queremos? A política como estratégia de superação da guerra”, na Universidade Salgado de Oliveira (Universo), para um auditório lotado, formado por alunos, professores e membros da sociedade civil. A iniciativa foi do vereador de Niterói e APF, Sandro Araújo, que também foi o mediador dos debates. Estiveram presentes o presidente da Fenapef, Luis Antônio Boudens, o presidente do Sindipol/DF, Flávio Werneck, e o advogado criminalista e membro da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (Reforma), Joel Luiz Costa.

Todos os policiais convidados foram unânimes em defender uma reforma no modelo de segurança pública brasileiro que modifique as investigações garantindo maior celeridade às investigações e a estrutura da carreira na polícia. “A polícia no Brasil é planejada milimetricamente para dar errado. Apurar oito em cada 100 homicídios parece uma piada de mau gosto”, afirmou o vereador.

Cavalcante falou sobre a expansão do poder paralelo no Brasil. “Não existe vácuo de poder, logo ele é preenchido. Nosso modelo de segurança faz a gente passar vergonha diante de outros países. Hoje, 10% da população na capital fluminense convivem diretamente com grupos paramilitares armados”, informou o presidente do SSDPFRJ, Luiz Carlos Cavalcante.

O presidente da Fenapef, Boudens, integrou o debate sobre a modernização das polícias e defendeu a desburocratização, deselitização e aproximação do cidadão. Ele assegurou que não é preciso mais verbas para segurança, bastando realizar pequenos ajustes na legislação e otimizar os investimentos. “É preciso implementar o ciclo completo de polícia e a carreira única, ou seja, ter porta única de entrada para quem tem perfil de policial”, declarou.

O presidente do Sindipol/DF discorreu sobre a operação Lava Jato ser mais do que uma operação. “Ela é um marco na sociedade brasileira porque está atingindo os intangíveis da sociedade brasileira e porque faz uso de um sistema de força-tarefa inédito no Brasil”, avaliou.

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