Hoje (05), pela manhã, Policiais Federais reunidos em Assembleia Unificada de todos os cargos da PF (Agentes, Escrivães, Papiloscopistas, Peritos e Delegados) em frente a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, decretaram Estado de Greve. Cerca de 200 policias compareceram à Assembléia Geral Unificada convocada pelos Sindicatos e Associações ligados aos cargos da carreira policial federal. Estiveram à frente da decisão, pelo Estado de Greve, o Sindicato dos Servidores do Departamento de Policia Federal do Rio de Janeiro (SSDPFRJ), Sindicato de Delegados de Policia Federal no Estado do Rio de Janeiro (SINDPF/RJ), Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF/RJ), Associação dos Peritos Criminais Federais (APCF/RJ), Associação dos Servidores da Polícia Federal (ANSEF/RJ) e Associação Nacional dos Escrivães da PF (ANEPEF). Caso uma Greve seja deflagrada, a PF deve reduzir a maioria das atividades, e, somente o combate a corrupção se manterá com forte atuação.
Os Policias Federais poderão deflagrar uma greve geral por tempo indeterminado caso o governo mantenha na PEC 287/2016 a retirada da condição de atividade de risco da categoria. “Não existe a hipótese de os policiais federais ficarem na mesma tabela de tempo de contribuição e de idade mínima dos demais trabalhadores, pois trabalhamos enfrentando o perigo e nossa atividade é altamente complexa, estressante e exige condições físicas. Se não mudar vamos parar. Vamos pressionar até mudar. Entregaremos nossas armas. Já que não existe atividade de risco”, explica o presidente do SSDPFRJ Luiz Carlos Cavalcante.
“A PEC 287 está em descompasso com o tratamento dado por outros países à aposentadoria policial. Estamos vivendo um retrocesso para na segurança pública”, aborda o presidente da Associação de Servidores da Policia Federal ( ANSEF), Iranilmo Melo Lopes.
O Delegado de Policia Federal, Luiz Carlos de Carvalho Cruz, Diretor Regional da ADPF, faz um alerta a todas as categorias. “Você sai para brigar pela sociedade e, com essa PEC 287/2016, nossas famílias ficarão desamparadas, pois só receberão 50% dos nossos salários, em virtude de pensão. Isso não dá para pagar as contas. Temos que fazer pressão, contra esse rolo compressor que age contra as categorias de policias federais”, adverte o Delegado.
Os Peritos Criminais Federais também marcaram presença na Assembleia e o representante regional da APCF, Marcos Bacha afirmou que é necessário fazer pressão neste momento e a mobilização da categoria é fundamental.
Os Policiais discutiram ainda a possibilidade que fazer a entrega de todas as armas em uso pelos policiais de volta à corporação, caso o relator da PEC 287 Artur Maia não retire do seu relatório as Polícias da União, considerando que as mesmas não exercem atividade de risco. Compareceram também a assembléia representantes da Policia Civil do Rio de janeiro, o Presidente da COLPOL, Fábio Neira, e o representante da Associação dos Papiloscopistas da Policia Civil, Marco Antônio.
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