O SSDPFRJ parabeniza a equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro pela maior apreensão de cocaína (2,5 toneladas) feita no Estado.

2 de dezembro de 2020

Valor da droga apreendido é de aproximadamente R$ 65 milhões. Policial militar fazia a segurança da droga e foi preso em Duque de Caxias

RIO — A Polícia Federal apreendeu cerca de 2,5 toneladas de cocaína em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite de terça-feira, dia 1º de dezembro. É a maior apreensão da droga pura já realizada no Estado do Rio de Janeiro. Dois suspeitos foram presos, um deles é um policial militar, que estava de folga. Segundo a Delegacia de Repressão às Drogas (DRE-RJ), o agente fazia a segurança do imóvel, que estava sob o comando de um homem de 41 anos, que também foi preso em flagrante. O valor da carga pode chegar a US$ 12,5 milhões (cerca de R$ 65,08 milhões).

Com o policial militar, foram apreendidos ainda duas armas sem registro, sendo uma pistola e um revólver, além de um rádio comunicador. Segundo as investigações da delegacia, as substâncias encontradas foram submetidas a uma perícia preliminar, e o resultado foi positivo para cocaína. A droga apreendida foi encaminhada à Superintendência da Polícia Federal no Rio, e a pesagem registrada foi de 2,466 toneladas de cocaína pura.

Os presos foram indiciados e responderão por tráfico de drogas, com pena que pode chegar a 15 anos de prisão. A Polícia Federal ainda não informou para onde a droga seria destinada e a quem pertencia.

Policial Militar fazia a segurança do galpão onde as drogas estavam armazenadas. Essa foi a maior apreensão já realizada pela Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro

A venda de drogas em Duque de Caxias é dominada por Luiz Fernando da Costa, de 51 anos, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, que é natural da cidade. Com condenações que somam quase 340 anos de prisão, o traficante tornou-se o principal fornecedor de armas e entorpecentes da maior facção criminosa do Rio, dominando rotas para trazer os produtos contrabandeados para o Brasil. Só na cidade da Baixada, ele comanda sete favelas, entre elas a Beira-Mar, que leva o seu nome.

Beira-Mar é fornecedor para várias favelas, além das que domina. O traficante é uma das principais lideranças da facção, mas não tem participação em seu comando, de acordo com a polícia. Concentra-se nos negócios de seu próprio grupo criminoso, como aponta a investigações da Polícia Federal.

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Beira-Mar queria, ainda, dominar a venda de galões de água, de cigarros, TV a cabo e internet, além de cestas básicas, controle típico de grupos milicianos que atuam no Rio. Tinha a intenção de inovar em Duque de Caxias: queria levar para o município um modelo, criado no Chile, de máquinas de autosserviço com venda automática de itens da cesta básica.

O traficante está preso desde 2002, e foi sendo transferido para vários presídios federais por causa do fim do regime especial de prisão e de decisões da Justiça. Atualmente, cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Fonte: O Globo

Matéria publicada em 2 de dezembro

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