Artigo publicado originalmente no Jornal de Brasília no dia 16/11/2020
O dia 16 de novembro o Dia do Policial Federal. Servidores públicos que nunca podem parar. Que mesmo num ano em que o mundo se fechou em quarentena para enfrentar a pandemia, estiveram na linha de frente do combate ao crime e na defesa segurança do País.
Os policiais federais nunca se furtaram à sua responsabilidade. As operações jamais foram paralisadas. Foi o esforço de cada um que garantiu o fechamento de vários “ralos”, por onde escoam recursos que deveriam justamente ser usados para o enfrentamento à pandemia.
Apesar da covid-19, houve também recorde de apreensões de drogas, captura de acusados por tráfico de armas, apuração sobre queimadas e muito trabalho de investigação. Também não pararam os serviços de controle de portos e aeroportos, as ações de controle e fiscalização de empresas de segurança privada, nem as perícias.
Os policiais federais têm muito orgulho do trabalho que desenvolveram, mesmo neste ano atípico. Mas sabem que poderiam fazer um trabalho ainda melhor se alguns entraves burocráticos fossem superados e se a organização da própria polícia federal fosse mais clara.
Há trinta anos a categoria espera a aprovação de sua Lei Orgânica. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) defende uma estrutura mais moderna e eficiente, com entrada única na corporação pela base da carreira, valorizando a competência, a dedicação e a formação profissional.
Também acreditamos que a implementação do ciclo completo de investigação – modelo adotado por todas as polícias consideradas modernas no mundo – que permitirá ao policial que chegar primeiro ao local do fato criminoso inicie a investigação e a leve até o fim.
Essas duas alterações seriam os maiores presentes a serem dados a um policial federal pelo seu dia. Parabéns a todos que lutam por uma segurança pública mais eficiente e moderna.
Artigo escrito por LUÍS ANTÔNIO BOUDENS Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e agente de PF