No Dia Internacional da Mulher, SSDPFRJ homenageia a presença feminina cada vez mais numerosa na PF

8 de março de 2021

Hoje (08/03), no Dia Internacional da Mulher, o SSDPFRJ presta uma homenagem às policiais e servidoras administrativas, da ativa e aposentadas, que deixam um pouco da sua vida na Polícia Federal, essa instituição majoritariamente masculina, mas que vem se modificando por conta da entrada das mulheres.

A diretora de patrimônio do SSDPFRJ, a APF Janaína Magalhães, lotada na DREX, no Núcleo de Segurança de Dignitários, destaca a rede de apoio das colegas de profissão, o suporte do marido e da família que tornaram possível para ela poder conciliar a atividade policial, que não possui uma rotina regular de trabalho e exige, por vezes, fazer longas viagens, com a vida de mãe e esposa. Ela diz que se considera uma felizarda, porque, aos 46 anos, vem de uma geração em que os maridos já dividiam as tarefas domésticas com suas esposas.

“Por conta das viagens, houve épocas em que meu marido ficou mais com as crianças do que eu. Tínhamos ajuda da babá, minha mãe e minha sogra. Mas era difícil deixar um bebê em casa. Tem que administrar a cabeça. Porém, o apoio entre as colegas policiais ajuda muito, porque cria uma rede que conforta, acalma. Somos solidárias. Esse apoio é necessário”, afirma.

A instituição dá sinais de que acolheu a presença feminina, pelo menos, no que diz respeito à estrutura. Hoje, há uniformes e coletes para mulheres. Também existem alojamentos para elas e banheiros femininos nos corredores da SR.

“Desde que entrei, em 2003, a corporação está diferente quanto à sua estrutura. Melhorou muito. Antes, tínhamos que improvisar. Mas o comportamento machista ainda persiste. A gente ouve comentários do tipo: “Caraca, você dirige melhor do que homem”, como se fosse um elogio, opiniões sobre a aparência da mulher, ou quando consegue uma missão boa foi porque se envolveu com um superior hierárquico”, exemplifica a APF Daniela de Almeida, 45, lotada no Setec.

A servidora administrativa Marlene Barbosa, 55, lotada no SRH, com 28 anos de Polícia Federal, observa no dia a dia a dedicação, a produtividade e a vontade de se reciclar na carreira das policiais. Marlene não teve filhos, mas comenta que a condição de mulher no trabalho a prejudica em alguns momentos.

“Mesmo todo mundo me conhecendo aqui, realizando um trabalho sério e sendo uma funcionária antiga, percebo que a minha palavra gera dúvida, é descredibilizada e, em comparação à de um homem, ela não tem o mesmo peso”, explica.

O SSDPFRJ agradece a participação das mulheres na vida policial e esperamos que toda e qualquer injustiça seja sanada. O Sindicato atua na luta pelos direitos de mulheres e homens que dão a sua vida, através da Polícia Federal, pelo cidadão brasileiro.

Este ano, por conta da pandemia de Covid-19, o SSDPFRJ não realizará a comemoração em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, que costuma fazer em conjunto com a Ansef-RJ, para não gerar aglomeração. O cuidado é para preservar a saúde de todos e todas. Esperamos nos rever no próximo ano.

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