No Dia do Escrivão, EPFS falam sobre o trabalho árduo, mas fundamental para a solução de crimes na Polícia Federal

5 de novembro de 2023

No dia 5 de novembro, é comemorado o Dia do Escrivão, um dos cargos mais importantes para a elucidação de crimes na Polícia Federal. O EPF aposentado e ex-presidente do SSDPFRJ, hoje Diretor de Patrimônio, Gladiston Silva, explica que o cargo de Escrivão da Polícia Federal tem peculiaridades que só os escrivães conseguem relatar. “Ser Escrivão de Polícia nos possibilita acompanhar e participar da investigação desde o momento em que ela ainda era uma ocorrência, até o seu deslinde final, com a prisão do transgressor ou o envio da investigação para a denúncia do Ministério Público”.

Para o EPF Gilmar Pacheco Firmino, além de o escrivão materializar o inquérito, hoje de forma eletrônica, é necessário a esse policial, ainda, estar atento aos riscos, inerentes da profissão. “O escrivão deve ser uma pessoa metódica, organizada e atenta. Em uma ocasião, vindo para um curso na SR/RJ, em uma viatura descaracterizada, na altura da Central do Brasil, dois elementos tentaram fazer uma abordagem, disparando dois tiros contra a viatura. Eu consegui me desvencilhar deles, jogando carro para cima, porém, os meliantes se evadiram do local. Foi um momento tenso.”

Além da operacionalidade, características de alguns EPFS, os olhos de águia e a visão jurídica apurada podem salvar uma investigação, como descreve o EPF aposentado Laseir Neves Martins, escritor do livro “Papa Fox – Operação Vegas”. “ O EPF aponta equívocos ou até mesmo falhas, no processo investigativo, que muitas vezes passam despercebidas pelo presidente do feito. Sendo assim, não posso deixar de afirmar que o cargo de EPF é, sem dúvidas, extremamente importante dentro da Instituição, muito embora haja pouco reconhecimento na prática.”

O EPF Augusto Duarte Rodrigues, lotado na Delegacia de Niterói, explica que o nome escrivão já não condiz mais com a realidade do dia a dia do cargo”. Hoje, nós, majoritariamente, trabalhamos em cartórios dando vida aos inquéritos policiais e muitos também na parte de depósito de bens, mas não apenas isso, temos atuação nas mais diversas áreas, tanto operacionais como GPI, COT, NEPOMs e CAOP quanto em setores de análise como GISEs e UIPs, além de setores dedicados ao controle de produtos químicos, migração e aeroportos”, explica.

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