Mudanças no trabalho do NSD preparam setor e policiais para período das eleições

19 de maio de 2022

Desde o inicio deste mês, a Polícia Federal está oferecendo, na ANP, um treinamento para policiais voluntários que desejam trabalhar na segurança dos presidenciáveis durante as eleições deste ano. O Curso de Proteção à Pessoa está na sua 2ª edição e é composto por disciplinas de Segurança de Dignitários, Pronto Socorrismo na Atividade Policial, Armamento e Tiro, Defesa Pessoal Policial e Direção Operacional.

O setor da PF responsável pela segurança de autoridades em viagens oficiais ao ou pelo Brasil e também de candidatos em períodos eleitorais é o Núcleo de Segurança de Dignitários(NSD). No Rio, o NSD é chefiado pela APF Glaucia Pinheiro. Ela explicou ao SSDPFRJ sobre as mudanças positivas pelas quais o setor passou nos últimos anos.

“Desde o início do ano passado foram criados Grupos de Seguranças de Dignitários(GSD) em todos os Estados. Antes, só havia NSD em São Paulo, Rio e Brasília. Acabava que, dependendo do estado pelo qual a autoridade passava, ela recebia um tratamento diferente. Hoje o trabalho é uniforme. Todo mundo fala a mesma língua”, afirma a APF Glaucia.

O incidente sofrido pelo atual presidente Jair Bolsonaro, durante campanha presidencial, em 2018, foi uma motivação importante para a criação desses grupos pelo país, mas Glaucia esclarece que o NSD está sempre se aperfeiçoando.

“A gente vem evoluindo em tudo. Não podemos parar no tempo. Para esse curso foi feita uma seleção grande, rigorosa por indicativo dos chefes de SD. E há um ano, nós temos obrigatoriamente, de 15 em 15 dias, em todos os GSNs e NSDs treinamentos em SD e disciplinas correlatas, não só para presidenciáveis, mas para as operações ordinárias preparando as equipes para o dia a dia”, esclarece.

Outro momento importante que provocou mudanças no trabalho do NSD foi a criação da IN 103, em 2016, época dos grandes eventos como as Olimpíadas. Segundo a APF Ana Paula, lotada no NSD carioca, a IN veio para profissionalizar policiais de outros Estados e normatizar a execução do trabalho em SD.

“Muita coisa mudou. Mas acho que o principal legado da IN 103 foi padronizar a atuação na área. Passamos mais credibilidade em nosso trabalho. Hoje as funções estão bem determinadas e elas não conflitam”, explica a APF Ana Paula.

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