A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) e a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) desenvolveram em parceria uma campanha publicitária em defesa da aposentadoria policial que o governo pretende acabar, pelo que consta no texto da proposta de reforma da Previdência Social.
A campanha que está sendo divulgada em rádio, tv e redes sociais, busca destacar a natureza de risco da atividade policial, que exige desses profissionais uma condição de trabalho diferenciada, uma vez que estão entre os profissionais que mais sofrem tensão e se expõem a perigo e agressões, no enfrentamento de situações de conflito que demandam sua intervenção. Esses fatores interferem no seu trabalho, qualidade de vida e aposentadoria dos policiais.
A Organização Mundial de Saúde classifica a atividade policial como a segunda atividade mais estressante do mundo, perdendo apenas para os mineradores de carvão, mas no Brasil, diante da grande onda de violência, é o mais estressante de todos os ofícios. É grande o número de doenças físicas e psicológicas decorrentes do exercício da atividade e as instituições policiais, em geral, não dispõem de assistência psicológica ou assistência à saúde, o que agrava o quadro de adoecimentos e mortes, inclusive por suicídio.
A Constituição Federal já assegura tratamento diferenciado à aposentadoria dos policiais, diante da atividade de risco que desenvolvem, repetindo o que se aplica mundialmente. Assim, retirar essa condição do policial, como pretende o projeto de reforma da previdência, é um retrocesso para o país na política de segurança pública e vem causando uma grande indignação aos policiais de todo o Brasil.
Fonte: FENAPEF