Especialista em Segurança Pública, Gladiston Alves da Silva é secretário-geral do Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro. Nosso entrevistado dedica muitos anos de sua vida à área de segurança. Formado em Direito, já foi patrulheiro da antiga Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (FEBEM), soldado da Polícia do Exército, agente de segurança aeroportuária da Infraero, além de guarda municipal, policial civil e, desde 2001, trabalha na Superintendência da Polícia Federal. Na PF/RJ, chefiou Núcleos da Delegacia de Entorpecente, da Delegacia Institucional (antiga DOPS) e da Delegacia de Meio Ambiente. Gladiston também participou do esquema de segurança da Copa do Mundo e dos Jogos Pan-Americanos. Acompanhe a entrevista:
Fale um pouco do seu trabalho no Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ).
Sou secretário-geral do Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro e, juntamente com os demais diretores, venho contribuindo com a modernização e profissionalização dos serviços prestados aos associados. Sou membro da comissão que está promovendo a reforma estatutária da entidade com a finalidade de adequar o estatuto às novas tendências normativas e tecnológicas. Participo ativamente das reuniões da Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), em Brasília, onde busco colaborar com a implantação de um sistema de segurança pública eficiente e que diminua a impunidade no Brasil com a elucidação dos crimes perpetrados. Vejo na valorização dos profissionais e na modernização do modelo de segurança pública no Brasil, a solução para redução dos índices de criminalidade.
Como você acha que sua experiência no Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro pode ajudar no cenário da segurança do Rio de Janeiro?
O SSDPF/RJ presta apoio aos policiais federais que integram as equipes de investigações que atuam neste estado. Quando há qualquer tipo de violação dos direitos dos associados no exercício de suas atribuições policiais, o Sindicato inicia, prontamente, o trabalho de combate a essas ações e isso nos capacita para apresentar soluções para atividade de todos os profissionais da área de Segurança Pública no Rio de Janeiro. Temos conhecimento das dificuldades enfrentadas para o combate ao crime nessa região do país. Por outro lado, somos conhecedores dos problemas sociais que cercam nosso estado. Somos uma entidade que se envolve nos problemas e se articula com outras associações, por isso temos muito a colaborar na área de segurança e em outras áreas.
Comente a importância do Consperj para a construção de políticas de segurança que beneficiem o cidadão.
A Diretoria do Sindicato dos Policiais Federais tem a consciência de que o Consperj, por ser um Conselho que aglutina diversos seguimentos da sociedade, tem um papel fundamental no desenvolvimento de políticas de segurança que visam o bem-estar das pessoas, estejam elas onde estiverem, morem onde morarem. Entendo que o Consperj não é uma entidade elitizada, muito pelo contrário, é uma entidade que possibilita que todos seus integrantes apresentem propostas e questionem as políticas desenvolvidas pelo Estado e, com isso, é dada a possibilidade de avançar na sua democratização. Nessa linha de pensamento, vejo que não há como construir hoje uma política cidadã voltada para área de segurança pública sem a participação efetiva do CONSPERJ, pois muito mais que um Conselho, o Consperj é a balança que possibilita o equilíbrio entre as ações do Estado e o direito dos cidadãos.
Qual a sua expectativa para as ações do Conselho?
De um modo geral, espero que o Consperj avance na sua missão de acompanhar a destinação de recursos para o setor de segurança, estimulando a modernização das instituições de segurança pública e seu desenvolvimento institucional. Espero que todos os Grupos Temáticos possam desenvolver suas atividades de forma objetiva e criem condições para que se promovam as mudanças que a sociedade exige.
Deixe uma mensagem para a sociedade
Estamos passando por um momento de turbulência. O país vive uma crise econômica e política. Várias situações podem levar as pessoas às ruas, mas seja qual for o motivo, não podemos perder de vista o respeito e a solidariedade ao próximo. Devemos respeitar nossos irmãos e nossas instituições. Devemos respeitar o bem público e o privado. As instituições democráticas estão acima de qualquer pessoa e não podemos confundi-las com o indivíduo. Vamos enfrentar e resolver nossos problemas de forma serena e equilibrada. Cada um de nós pode fazer a diferença. Que nossas manifestações sejam de ideias e contra ações antidemocráticas. Vejam no policial um aliado e nunca um opositor. As instituições policiais existem para defender a sociedade.
Fonte: consperj.rj