Para saber um pouco mais sobre as histórias do cotidiano dos nossos sindicalizados que estão na ativa ou aposentados, o SSDPFRJ dá continuidade à série “Eles têm histórias para contar”. A história desta semana é com a APF Claudia Gonzaga Bittencourt, casada com o APF Souza, ambos lotados no Núcleo de Operações da Delegacia da PF em Niterói, responsáveis pelas intimações.
APF Claudia Bittencourt contou a seguinte história: “Nós tínhamos uma intimação para fazer lá em Teresópolis. Colocamos o GPS e, quando passávamos por determinado local, o GPS mandava voltar. Isso aconteceu umas duas vezes. Foi quando o APF Souza falou: ‘É aqui!’ Eu disse: ‘Não pode ser… é um Cemitério!’”, conta a APF Claudia.
Claudia chegou a pensar que fosse alguma brincadeira do escrivão que expediu a intimação, mandando-os intimar um morto, mas não era, não. “O Souza insistiu que entrássemos no cemitério, pois poderia ser um funcionário que trabalhasse lá. Quando entramos no cemitério, percebemos que não era alguém que trabalhava no local, mas que a mulher citada na intimação tinha como moradia o cemitério”, explica Claudia.
Como se não bastasse a intimada morar no cemitério, eles ainda tinham que localizar a casa da mulher que estava viva, mas morava com os mortos. “Entramos no cemitério e o funcionário explicou como chegar lá. Ele disse: ‘Vocês pegam a terceira cova, depois das covas rasas, e sobem aquele morro ali. Quando chegar nas torres de energia, lá na parte de cima, vão ver a casa. Ela mora lá’. Realmente, ela morava dentro do cemitério. Essa foi a intimação mais esquisita que já fiz na minha vida”, conta a APF Claudia.