Eles têm histórias para contar: APF Aposentado Alexandre Fraga

13 de julho de 2023

Para saber um pouco mais sobre as histórias do cotidiano dos nossos sindicalizados que estão na ativa ou aposentados, o SSDPFRJ dá continuidade à série “Eles têm histórias para contar”. O personagem desta semana é o APF aposentado, Alexandre Fraga, que estava entre os homenageados na última AGE (28/06), pelos relevantes serviços prestados à Polícia Federal e à sociedade. Alexandre Fraga, hoje, é autor do best-seller “Oeste: a guerra do Jogo do Bicho (2014)” e roteirista da bem-sucedida série da Fox, “Impuros”.

Durante as entrevistas de perfis que estávamos fazendo para AGE, o APF aposentado Fraga me contou uma história, no mínimo, curiosa. Fraga estava em Ariquemes, município do Estado de Rondônia e contou sobre uma apreensão de cocaína, isso logo nos primórdios de sua chegada na Polícia Federal.

“Não era muita cocaína, não, uns 33 quilos; é engraçado como me lembro de detalhes dessas operações. Nós tínhamos que campanar ele, o louro Lorival! Tivemos a informação de que ele iria pegar a estrada. Tínhamos que dar o bote no receptador”.

Percebi que a história não era só sobre a apreensão de cocaína, pois, Fraga, já sabendo o final, iniciava contando-a com alguns risos. “Tínhamos que campanar, mas estávamos esgotados. Eraldo, nosso chefe, tirava nosso coro, o meu, então! Eu estava igual a um zumbi e precisa dormir um pouco, não dava mais”. Nessa investigação, o APF aposentado Fraga não estava sozinho.

“Tava eu e o Fabio, imagina aquele maluco, marombeiro, mais alto que eu, com os braços gigantes. Andava com umas camisas “mamãe, tô forte”. Aí, Fabio disse: “Temos que arrumar um lugar para cair”, mas só tinha um lugar. Aí, irmão, tínhamos que revezar, né? Um iria ficar no mato, olhando o Lorival, e o outro no quarto de hotel”.

Fraga contou que o nome do lugar era “Mini Motel”. “Quando a gente chegou com um carrinho, tipo um Fiat Estrada, nós dois, assim que entramos, já vimos o olhar da recepcionista. Quando a mulher acabou de fazer a ficha e deu a chave do quarto para gente, vi logo no olhar dela. Eu disse, “Olha aí! Não é o que você está pensando, não, hein?” A mulher disse: “Não tô pensando nada!”, e me entregou a chave devagar, olhando nos meus olhos e, quando viramos as costas, ela disse para mim: “Boa sorte!”

No final, Fraga disse que um dormiu no quarto e, o outro, no mato. Eles deram “cana nos malucos”, como disse Fraga e a carga foi apreendida.

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