Diversos convidados se reuniram ontem, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, para discutir o Assédio Moral na Administração Pública e forma de prevenção e combate à prática de assédio. A primeira mesa, em sua maioria, foi composta por representantes de entidades policiais (federais, civis e militares), onde, em suas explanações, mostraram a grande decorrência de casos de assédio moral dentro os Órgãos.Policiais, advogados e psicólogos especialistas no assunto e mostraram necessidade de uma regulamentação no sentido de punir o assediador, não só no funcionalismo, mas também no serviço privado. “Essa necessidade existe para a elaboração de discussões e marcos jurídicos para contemplar condutas efetivas e possíveis consequências para o assédio moral. Uma sugestão é que se torne improbidade administrativa”, exemplifica o advogado do DIAP, Guilherme da Hora.
Para o presidente do Sindipol/DF, Flávio Werneck, um dos idealizadores da discussão, enfatizou que o assédio moral coletivo institucionalizado é o principal pilar da manutenção do poder. Werneck utilizou da realidade da Polícia Federal, hoje desconhecida pela sociedade, que afeta diretamente a saúde dos polícias e vem ferindo os direitos básicos, como a quantidade de horas trabalhadas, não reconhecimento de atestados médicos, perseguições por participação em movimento sindicais. “O exemplo do terror vivido pelos policiais é a falta dos policiais participando desse evento hoje. O sindicato pediu a liberação dos servidores, que foi concedida, com a condição de que os chefes imediatos autorizassem a ausência, mediante compensação das horas.”