Com o país-sede da Copa do Mundo 2022, o Catar, em evidência, o APF Luis Fernando Ramadon, mestre em Gerenciamento em Recursos Hídricos pela UERJ, foi citado em artigo de opinião (abaixo) da empreendedora socioambiental Beatriz Mattiuzzo sobre o país ter importado toneladas de areia para sediar o evento, mesmo estando em pleno deserto. O SSDPFRJ conversou com o APF e pesquisador sobre o assunto.
“A areia é um recurso cada vez mais escasso, ficando atrás apenas da água. Mas nem todas são apropriadas para uso humano, como é o caso da encontrada no deserto”, explica.
Segundo Ramadon, a escassez de areia se deve à facilidade de extração, ao alto rendimento na venda e ao fato dela não ser renovável. “Tanto a extração legal quanto a ilegal mudam a estrutura dos rios e o equilíbrio ambiental. É um recurso muito usado na indústria da construção. Não há substituto tão bom”, informa.
Na Polícia Federal, o agente chama a atenção para os crimes de mineração que, além dos prejuízos a natureza, causam prejuízos aos cofres da União. A extração ilegal de areia é o 3º crime de mais alto faturamento. Ele movimenta cerca de 250 a 450 bilhões de dólares, só ficando atrás de crimes de pirataria e tráfico de drogas. “Espero que a corporação promova cursos com apostilas sobre o tema para que esse assunto seja ainda mais divulgado”, comenta o APF.
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