Em dois meses, 52 policiais federais foram transferidos, mesmo em meio a uma crise na segurança pública. Entre eles, integrantes da área de inteligência e de repressão às drogas.
Em meio à Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro, a Superintendência da Polícia Federal no estado tem perdido efetivo desde julho. Os policiais estão sendo enviados para reforçar o policiamento nas fronteiras do Brasil.
A medida determinada pela Direção-Geral da PF já retirou agentes de todas as delegacias da PF no RJ, entre elas a de Repressão às Drogas, da Corregedoria e do setor de inteligência. Entre as baixas, está até a Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, envolvida nas investigações do incêndio do Museu Nacional, que aconteceu no domingo (2).
Até a última quarta-feira (5), 52 policiais federais estavam longe do RJ em missões: 25 policiais federais foram enviados para as fronteiras no Rio Grande do Sul e no Paraná. Outros 27 estão envolvidos em investigações em outros estados.
A determinação da Direção-Geral da PF é que cada superintendência colabore cedendo 8% para a operação de reforço às fronteiras do país.
“Sei da dificuldade de pessoal que todas as delegacias/setores estão passando, mas conto com a compreensão e colaboração de cada um de vocês”, explicou o superintendente da PF no Rio de Janeiro, o delegado Ricardo Saadi, em e-mail, para o delegado da instituição responsável por arregimentar agentes em cada delegacia.
As assessorias do diretor-geral da PF, Rogério Galloro, e do superintendente da instituição no RJ, Ricardo Saadi não se pronunciaram sobre a cessão dos policiais do Rio de Janeiro para reforçar as fronteiras do Brasil.