A importância dos animais de estimação na melhoria da saúde mental

17 de março de 2021

Animais de estimação fazem parte da vida de muitos policiais federais. Alguns convivem com eles apenas no trabalho, já que, na PF, existem os cães farejadores. Outros estendem esse convívio para suas casas, pois está cientificamente provado que a convivência com pets ajuda consideravelmente na redução de sintomas de ansiedade, estresse e depressão. A saúde mental da família melhora por conta da relação com o animal. A presença dele diminui a sensação de solidão, pode deixar os cuidadores mais ativos, dependendo do animal escolhido, e ainda traz uma sensação positiva de bem-estar.

“É bem possível que o afeto criado na relação com um bicho de estimação faça realmente com que o emocional das pessoas melhore. O vínculo com o animal pode ajudar a dar estabilidade emocional à pessoa. Acho que pode ser uma boa ferramenta, um caminho para a saúde mental”, afirma o psicólogo do Núcleo de Atenção à Saúde do SSDPFRJ, Salvador Juliano.

Dois policiais que sempre gostaram de cães e trouxeram suas paixões para o trabalho na PF são os APF’s José Antônio Nogueira, o “Bebeto”, e Fábio Domingos. Os dois atuaram juntos na DRE e foram pioneiros, na década de 1990, na implementação de um canil na SR do Rio de Janeiro. Fábio, que chegou a ganhar o apelido de Fábio Cachorreiro, fez curso de Cães para o Emprego Policial na PMERJ e de Cães de Faro, na sede da PF, em Brasília. Em janeiro deste ano, morreu seu buldogue inglês chamado Braddock Dylan para o qual fez uma tatuagem e uma página no Instagram.

“Foi Ribamar Silva, colega policial, quem me deu o Braddock, aos seis meses. Ele não era só um cachorro. Era integrante da família, amigo e parceiro. Faleceu quando iria completar 10 anos. Quando o trabalho estressava, logo falava que meu objetivo era ir para casa e ficar com meu cão. Realmente, fazem muito bem para gente. Era só amor e alegria”, comenta.

Nogueira conta que seus animais de estimação (ele tem três cães, um gato e um coelho), tornaram o isolamento social menos difícil para sua esposa e sua filha pequena que ficam em casa enquanto ele sai para trabalhar. “A relação é excelente, principalmente para minha filha pequena, Rafaella, de 10, que brinca muito com eles. A companhia dos bichos e o espaço aqui, que é grande, ajudou muito”, diz.

A APF e veterinária de formação, Daniela de Almeida, é louca por bichos e adotou um gato há três anos. A princípio, ela não iria ficar com o animal, que apareceu na lixeira do prédio, por conta de suas constantes viagens a trabalho. Mas os filhos e, principalmente, a reação de seu pai idoso convenceram a APF e sua mãe a ficarem com o felino.

“Meus filhos se apaixonaram de cara e quiseram muito ficar com ele, mas eu conversei sobre a dificuldade de cuidar de um animal de estimação. Mas uma semana depois do gato lá em casa, meu pai estava completamente apaixonado. Nunca tinha visto ele sendo carinhoso com nenhum animal. Minha mãe aceitou quando viu o que o gato fez brotar no meu pai”, conta.

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