No primeiro mês do ano, acontece a Campanha Janeiro Branco que tem como objetivo criar uma cultura de saúde mental. Na Polícia Federal, o assunto é sempre importante, visto que a profissão da segurança pública envolve estresse prolongado, assédio moral, trabalho sob forte pressão, sobrecarga e vivência de situações de ameaça à vida. São muitos fatores de risco que podem levar ao adoecimento mental de policiais.
Para cuidar da saúde dos associados, o SSDPFRJ implementou, a partir de 2015 na primeira Gestão do atual presidente Luiz Carlos Cavalcante, os Departamentos de Psicologia e Psiquiatria e Medicina do Trabalho com atendimentos gratuitos para sindicalizados. O psicólogo do Sindicato, Salvador Juliano, avalia as consequências dos policiais trabalharem adoecidos.
“O policial pode colocar a vida dele e a dos colegas em risco. Também vai estar mais propenso a errar e a ter o desempenho abaixo do seu potencial. Pode ter dificuldades de concentração e atenção. Tudo isso leva a punições tanto da chefia quanto da Corregedoria”, explica Salvador.
Segundo o psicólogo, em muitos casos, os transtornos mentais são silenciosos e, por isso, diagnosticados tardiamente, quando a saúde do policial já está mais debilitada.
“É necessário trabalhar a conscientização como o Janeiro Branco faz. Ter um programa de prevenção com profissionais de saúde na SR/RJ. E também minimizar os fatores desencadeantes de doenças como a sobrecarga de trabalho”, pontua Salvador.