Segundo MPF, policial e seu colega foram confundidos com traficantes e foram atacados a tiros na Favela do Rola.
Está marcado para as 9h desta quinta-feira (29) o início do julgamento dos três acusados de envolvimento no assassinato do policial federal Ronaldo Heeren, e na tentativa de homicídio do também agente da PF Plínio Ricciardi. O crime foi na Favela do Rola, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, na tarde de 13 de fevereiro do ano passado.
O caso será julgado pelo tribunal do júri da Justiça Federal, uma vez que as vítimas eram policiais federais no exercício da função. O júri será no auditório do 10º andar do prédio da Justiça Federal, na Avenida Venezuela, no Centro do Rio.
Segundo as investigações, os acusados são ligados à milícia que atua na favela.
Dejavan Esteves dos Santos, o Armeiro; e Wenderson Eduardo Rodrigues Francisco, o Cara de Vaca, respondem pelo homicídio de Ronaldo Heeren, e pela tentativa de homicídio de Plínio Ricciardi.
As vítimas realizavam uma diligência na Favela do Rola, em uma viatura descaracterizada da Polícia Federal, quando os dois foram atacados a tiros pelos milicianos.
Heeren foi baleado na cabeça e morreu no local. Ricciardi conseguiu sair do carro e se esconder em uma casa próxima, até ser socorrido por policiais militares.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, os milicianos confundiram os policiais federais com traficantes da facção criminosa que dominava a favela antes da milícia.
Já o terceiro réu, Leandro Pereira da Silva, o Léo do Rodo, foi denunciado por fraude processual. Segundo a denúncia, ele determinou a outros integrantes da milícia (ainda não identificados) que pichassem a viatura da PF com as iniciais da facção criminosa, com o objetivo de fazer com que os investigadores pensassem que o ataque aos policiais federais teria sido cometido pelo tráfico, e não pela milícia.