O Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ) lamenta informar a morte do companheiro Cláudio Luiz Lucena Alves, de 48 anos, o APF Lucena. Ele foi baleado ao reagir ao assalto anunciado por dois homens no fim da tarde desta terça-feira, 28, quando estava a caminho de um bar na esquina das ruas General Galieni com Santilari, em Bonsucesso, Zona Norte do Rio, para comemorar com outros PFs a aprovação da MP 650 momentos antes, no Senado Federal. Socorrido por um amigo identificado como André Vieira, ele foi levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu e morreu pouco depois.
Lucena era solteiro, não tinha filho e estava na Polícia Federal há cerca de dez anos, os últimos deles lotado no Setor de Planejamento Operacional, atuando no Grupo de Pronta Intervenção (GPI), uma das unidades de elite da PF. O enterro será às 10h desta quinta-feira, 30, no Cemitério do Caju, com o velório acontecendo na Capela A. A morte de Lucena está tendo repercussão em rádios, tevês e em sites como o de O Globo. Confira em http://oglobo.globo.com/rio/policial-federal-morre-apos-ser-baleado-por-criminosos-em-bonsucesso-na-zona-norte-14393085
Amigos de trabalho registram homenagens em telefonemas e redes sociais, definindo Lucena como um policial atuante, profissional preocupado com os rumos da Polícia Federal, presente em manifestações pela defesa da reestruturação da segurança pública. “O Lucena foi um dos grandes guerreiros que nos deram a oportunidade de nos sentir extremamente felizes por algumas horas com a aprovação da MP 650, resultado de uma luta histórica de nossa categoria que ele muito participou. Guerreiro Lucena: descanse em paz!”, disse o APF Clark.
Para o também APF André Vaz de Mello, presidente em exercício do SSDPF/RJ, a morte de Lucena reafirma a necessidade da reestruturação da segurança pública apontada, defendida e reivindicada há anos pelos policiais federais como caminho para a promoção de segurança de qualidade para todos.
– O Lucena foi mesmo um guerreiro, sempre presente nos encontros para a discussão dos rumos da Polícia Federal e em movimentos que realizamos para denunciar o sucateamento da PF e lutar pela modernização da Polícia e pela reestruturação da segurança pública. Ele morreu comemorando com todos os policiais federais do país a aprovação dessa MP 650, que reconhece como de nível superior as atividades exercidas por escrivães, papiloscopistas e agentes, e nesta terça foi transformada pelo Senado na Lei 13034 – lamenta Vaz de Mello, que acompanhou a votação em Brasília, só retornando ao Rio na noite desta quarta, 29.