Mesmo em um dia de fortes chuvas em Niterói, a Câmara Municipal da cidade teve seu plenário todo ocupado por cerca de 120 pessoas para a audiência pública que discutiu os quase dois meses de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. Realizada por iniciativa do APF, membro da Comissão de Ética do SSDPFRJ, vereador de Niterói e membro da Comissão de Segurança do Poder Legislativo, Sandro Araújo (PPS), a audiência foi um espaço plural para diferentes pontos de vista sobre intervenção e para a sociedade civil colocar seus anseios e dúvidas sobre segurança pública.
“Foi uma oportunidade que o poder público deu à sociedade civil de ouvir sua voz e ela clama por uma segurança mínima para si e seus familiares, pelo direito de ir e vir, por equilíbrio social. Como nossos convidados representavam diferentes áreas da sociedade como a academia, as comunidades e as forças militares, estavam presentes diferentes visões de como a sociedade recebe a intervenção. Meu balanço é positivo”, disse o vereador.
Estiveram presentes a coordenadora do Pacto Niterói Pela Paz, a professora Graça Raphael, o coronel da Polícia Militar, Paulo Henrique Azevedo, o presidente da Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), o coronel Paulo Afonso Cunha, e o representante do Partido Frente Favela Brasil, Rafael dos Santos Souza.
Ainda sobre o mesmo tema, a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) realiza ontem e hoje (4/4) o seminário “Perspectivas sobre um futuro de incertezas” para debater o que a intervenção federal pode ou não agregar na segurança pública fluminense.