12 de maio de 2024

Dia das Mães: policiais federais que quebram barreiras entre a maternidade e a profissão

Neste domingo (12), comemora-se o Dia das Mães e o SSDPFRJ traz a história de policiais federais que traçam uma jornada dupla entre o ofício e a maternidade. Mesmo sendo minoria na Polícia Federal, elas quebram barreiras e são exemplos para outras mulheres que desejam ingressar na carreira policial.

A APF Daniela de Almeida contou ao SSDPFRJ como o trabalho interfere na maternidade e vice-versa. Ela acredita que, uma vez mãe, fica impossível separar as duas funções. O sentimento de culpa por não poder estar 100% do tempo se dedicando aos filhos é enorme. “Precisei aprender a lidar com isso, porque temos que terceirizar alguns cuidados, por exemplo, deixar com a babá ou colocar logo em uma creche, isso é bem doloroso para uma mãe”, disse. A APF recordou o processo de finalização da licença maternidade e confessou que não se sentia inteira no trabalho, porque seus pensamentos e preocupações estavam com os filhos.

A policial deixa um recado a todas as mulheres que desejam ser mãe: “A partir do momento que vocês se tornarem mães, nada mais será tão importante quanto os filhos. Terão mais preocupação com o futuro, passarão a sentir vontade de melhorar o mundo e também de ser pessoas melhores. Porém nem tudo será um conto de fadas, haverá momentos de cansaço extremo e situações que vocês terão de enfrentar sozinhas. Tudo será um aprendizado e não haverá maior amor no mundo do que o materno”.

A vice-presidente e futura presidente do SSDPFRJ e APF Janaína Magalhães coleciona grandes momentos ao longo de sua carreira, como a passagem pelo Núcleo de Segurança de Dignitários (NSD). Mas considera que os seus maiores acertos estão relacionados à criação dos seus três filhos, pois, desde que perdeu seu esposo, vítima fatal da Covid-19, a policial se tornou a principal provedora de sua casa. A APF Janaína, assim como Daniela, é uma inspiração para as mulheres que desejam ingressar na carreira de policial e possuem uma rotina de múltiplas tarefas.

A vice-presidente ressalta que as policiais devem ter um cuidado maior com a criação dos filhos, devido à descrição que a profissão exige. Muitas vezes, é necessário um controle nas redes sociais, mas, sobretudo, a prática de conversas e ensinamentos de caráter aos filhos para que eles se tornem cidadãos de bem.

A APF Janaína Magalhães enfrentará, em agosto, a responsabilidade de ser a segunda mulher presidente do SSDPFRJ. Ela contou sobre a nova experiência e como pretende conciliá-la: “Vejo como mais um desafio entre tantos outros na minha vida, mas acredito na superação com a união e apoio da Diretoria. Costumo dizer que a profissão e a maternidade seguirão juntas, pois, a vida seguirá seu curso e, quando eu menos esperar, os filhos já terão crescido e minha carreira também chegará a seu curso. Então, não se deve abrir mão da maternidade por conta da profissão, porque uma não exclui a outra”, finalizou a vice-presidente.

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