Três milicianos são condenados pela morte de policial federal no Rio

30 de julho de 2021

Três milicianos foram condenados, na madrugada desta sexta (30), pela morte do agente federal Ronaldo Heeren, em fevereiro de 2020. Dejavan Esteves dos Santos, o Armeiro, foi condenado a 23 anos e 2 meses de prisão. Wenderson Eduardo Rodrigues Francisco, o Cara de Vaca, a 31 anos e três meses.

Dejavan e Wenderson responderam pelo homicídio de Ronaldo Heeren, e pela tentativa de homicídio do agente Plínio. Já o terceiro réu, Leandro Pereira da Silva, o Léo do Rodo, foi denunciado por fraude processual e condenado a 5 anos de prisão .

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, os milicianos confundiram os policiais federais com traficantes da facção criminosa que dominava a favela antes da milícia.

No dia do crime, Heeren retornava de uma diligência em Santa Cruz, em um carro descaracterizada da Polícia Federal, quando ele e seu colega foram abordados pelos milicianos, na esquina da Rua Ibicoara com a Rua F.

Os criminosos desceram do carro com as armas em punho, apontando para os policiais e, em seguida, fizeram diversos disparos.

Heeren foi baleado na cabeça e morreu local. Ricciardi conseguiu sair do carro e se esconder uma casa próxima, até ser socorrido por policiais militares.

Para tentar confundir a polícia, Leandro chegou a determinar a outros integrantes da milícia (ainda não identificados) que pichassem a viatura da PF com as iniciais da facção criminosa, com o objetivo de fazer com que os investigadores pensassem que o ataque aos policiais federais teria sido cometido pelo tráfico, e não pela milícia.

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