SSDPFRJ comprova que diferentes gerações no trabalho policial têm sido o sucesso das operações e a salvaguarda na vida dos policiais

9 de setembro de 2021

O SSDPFRJ mostra um breve perfil profissional de seus associados, construído a partir do tempo de atuação dentro do serviço policial e de sua experiência em investigações. A equipe de reportagem do SSDPFRJ conversou com alguns sindicalizados que relatam que, independentemente do tempo de atuação na polícia e da idade do policial, o “modus operandi” tem que ser o mesmo, sempre privilegiando a harmonia na relação e o êxito no cumprimento das funções cotidianas e da Lei.

A disposição e experiência são as principais características identificadas na combinação entre policiais jovens e policiais com o tirocínio apurado. Alinhados pela busca do melhor resultado nas operações e investigações, o conflito de gerações na Polícia Federal é o elemento mais benéfico, quando se trata de combate ao crime no Rio de Janeiro.

Para o APF, Paulo Mário da Cunha Rodrigues Filho, 69 anos, 22 anos de casa, com experiência na DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), acredita que um policial da DRE consegue ver muitas coisas, que às vezes um policial novo e até mesmo um tira mais experiente não conseguem ver. “Não é o fato de ser antigo, mas sim de estar na rua. Tem mais a ver com tempo de rua. Eu, hoje, penso mais, enquanto os mais novos querem resolver”.

Se entre os policiais mais experientes, o discurso é de que, para a investigação funcionar, tem que estar mais próxima do crime, nas ruas, hoje, através da tecnologia os mais novos podem rastrear melhor os delitos e estar na hora certa, no local certo, dirimindo o risco desnecessário para a vida do Policial.

Os mais novos tendem a preferir a agilidade e a eficiência que a tecnologia lhes proporciona, mas sem deixar de lado que a experiência do dia a dia deve ser levada em consideração, pois o tirocínio é algo que se ganha com o tempo, na troca com os acontecimentos na rua, durante a investigação. Porém, para executar o trabalho e voltar para casa, tem que levar em conta o que diz o APF Knauer: “Sou da turma de 2015, cujo enfoque foi na informática, em sistemas, algo que os antigos não têm muito contato. Os sistemas estão sempre se atualizando e eu já nasci vendo isso tudo. Os antigos nos ajudam na parte prática, no tirocínio policial e a enxergar situações que possam trazer consequências para o trabalho, apontando caminhos mais efetivos”.

Para o APF Alexandre Guerra, que também é diretor de comunicação do SSDPFRJ, a troca de sinergias entre antigos e novatos contribui para o desenvolvimento do trabalho e traz benefícios para a instituição, logo é possível identificar as práticas mais tradicionais com as mais modernas, mantendo, assim, a qualidade e a efetividade das ações. “Os que já estão na ativa por mais tempo tendem a usar os métodos que eu chamaria de misto. Ou seja, unem-se as antigas técnicas de investigação, como, por exemplo, o uso de informantes, juntamente, com as novas tecnologias que muito auxiliam na vigilância e reconhecimento de terreno”.

Entre os benefícios dessa relação, o APF Guerra destaca a agilidade nas investigações, graças ao conhecimento da tecnologia por parte dos mais jovens, o que não exclui aqueles mais antigos que não dominam plenamente as ferramentas. “Com o uso de redes de dados mais modernas, confiáveis e completas não se perde muito tempo em levantamentos, onde, antigamente, seria necessário recorrer a fontes físicas de consulta, tais como livros, fichas etc.”.

O que se observa é que tanto os novos policiais quanto os mais experientes querem fazer o melhor e colaborar com os outros. Como em qualquer tipo de trabalho, as diferenças que se estabelecem em conflitos de gerações tornam-se homogêneas com o passar do tempo, pois a união da força com a juventude, aliada à experiência, traz o sucesso no resultado final das operações.

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