Projeto da Agente Federal Daniela de Almeida, leva educação ambiental à escolas públicas do Rio de Janeiro

18 de junho de 2018

O amor pela natureza move a veterinária e APF, lotada na delegacia previdenciária da PF/RJ, Daniela de Almeida. Sentindo falta de fazer mais por aquilo que ela considera sua missão de vida, a preservação do meio ambiente, a agente começou em junho uma série de palestras gratuitas em escolas sobre conscientização ambiental juntamente com o biólogo, Yuri Domeniconi, especializado em comportamento animal. A dupla, que tem feito palestra para alunos de 3 a 18 anos, aborda assuntos como antropocentrismo, poluição, desmatamento, tráfico de animais silvestres e impacto da produção de lixo. O projeto está no começo, mas tem despertado interesse de outras escolas e locais como Sesc e Bosque da Freguesia.

“Eu já fazia palestras e participava de seminários na área ambiental mas sempre para adultos, nunca jovens. Acho que a melhor forma de conscientizar é falando para esse público porque convencer adultos é difícil. O maior desafio era prender a atenção das crianças mas, como minha apresentação tem muitas imagens e vídeos, consegui e elas gostaram. Percebi que querem comprar o animal para salvá-lo do sofrimento mas a saída não é essa, é denunciar”, afirmou.

Foi por causa do trabalho que desenvolvia como voluntária e ativista na ONG “Fala Bicho” que ela se interessou pela atuação da Polícia Federal na repressão a crimes ambientais. Desde então, lá se vão quinze anos que ela ingressou na instituição com o objetivo de atuar nessa área. Na PF, ela já serviu no Tocantins e Amazonas, no combate ao desmatamento, tráfico e caça de animais silvestres e biopirataria. Fora da PF, ela também atua para mudar a legislação ambiental. Um exemplo foi sua participação em audiência pública na Alerj para chamar a atenção dos políticos para os crimes ambientais e pedir mais rigor na aplicação das penas.

“Trabalhando no combate ao crime ambiental, percebi que o mais efetivo seria associar o trabalho punitivo feito pela polícia com um de educação ambiental. É necessário mudar a legislação porque ela é muito leve. A quantidade de reincidências, por exemplo, é grande. E a punição não é educativa também. Lidamos com famílias que vivem da venda da madeira do desmatamento e da venda de animais silvestres”, explicou.

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