No mês da Campanha Janeiro Branco, psicólogo do SSDPFRJ avalia efeitos da atividade policial na saúde mental dos profissionais da área

18 de janeiro de 2022

O primeiro mês do ano é também o momento de discutir saúde mental como propõe a Campanha Janeiro Branco. O conceito se refere a um estado de bem estar físico, psicológico e social, não se tratando apenas da ausência de doenças. Para oferecer suporte aos seus associados, o SSDPFRJ implantou o Núcleo de Atenção à Saúde, onde, há dois Departamentos, Psicologia e Psiquiatria e Medicina Ocupacional, atendem gratuitamente aos sindicalizados em questões dessa área.

O coordenador do Departamento de Psicologia do Núcleo de Atenção à Saúde do SSDPFRJ, o psicólogo aposentado pela PF, Salvador Juliano, explica que o que leva ao adoecimento na atividade policial são as pressões sofridas. “São vários tipo de pressão. A externa é da família que cobra a presença dele. Outra é que ele não é só policial dentro da instituição, mas em tempo integral. A pressão interna é a cobrança das chefias, da Corregedoria que tem como meta punir”, detalha Juliano.

O psicólogo explica que o desafio é trabalhar a temática em nível institucional. “O policial pensa que tem um problema que consegue resolver sozinho. Não sabe que pode estar com algum transtorno que pode adoecê-lo. E o pior, em comorbidade, o paciente pode desenvolver um transtorno de humor como depressão que pode levar ao suicídio”, exemplifica o psicólogo.

A terapia é recomendada como parte de uma solução individual. “Ela ajuda o paciente a aprender a lidar com situações que até então, ele está com dificuldades de resolver e está sofrendo por isso”, comenta.

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