Mãe: uma guerreira que não foge à luta

9 de maio de 2021

No Dia das Mães, o SSDPFRJ dá voz a algumas policiais e suas mães na tentativa de desmistificar a maternidade e entender que, mesmo com um distintivo na mão, as histórias não são muito diferentes das demais mães do nosso Brasil. Elas não fogem à luta. A função de mãe exige amor e dedicação constantes aos seus filhos, ainda mais em tempos de pandemia. As mães precisam de ajuda, pois dar conta de tudo sobrecarrega estas mulheres que se tornam verdadeiras guerreiras. Ficam cansadas, mas não deixam suas aspirações profissionais, seus trabalhos e, ainda assim, são muito comprometidas em oferecer um grande amor aos seus filhos.

A diretora de patrimônio do Sindicato, a APF Janaína Magalhães, 46, é mãe de Gabryelle, 22, Grazyelle, 20, e Kalleb, 14. Ela e o marido foram pais ainda jovens, que trabalhavam e dividiram as horas boas de criar os filhos e as nem tão boas assim. A APF conta que aprendeu a conciliar as exigências de ser mãe com a falta de horários do trabalho policial. Com a profissão, ficou mais corajosa para enfrentar os desafios da maternidade, além de priorizar o tempo livre.

“A maternidade muda completamente nossa vida. Não sabemos explicar como ficamos mais pacientes e compreensivas. Também ficamos menos egoístas e aprendemos a dividir tudo. Como profissional, facilitou o trabalho em equipe, que é essencial em nossa profissão, porque, na maternidade, você é obrigada a trabalhar em equipe”, explicou.

Janaína se diz uma ‘felizarda’ por ter contado com uma rede de apoio, que incluiu a sogra, a madrinha e a mãe, Helena, 68. Além de ter ajudado no cuidado das filhas mais velhas de Janaína enquanto ela trabalhava, Helena foi a grande incentivadora da filha quando ela se decidiu pela profissão de policial federal, muito influenciada pelo pai, que era policial militar.

“O pai dela a ensinava a se defender, a pegar em arma. Eu nunca gostei, porque fui bancária e sofri muito assalto no trabalho, mas incentivei. Ela era muito esforçada. Não coloca o pé onde não alcança. É prudente e a PF é uma polícia de elite. É mais cuidadosa e muito seletiva. Eu também faço minhas orações de mãe. Somos muito ligadas. Ela é uma bênção”, diz Helena.

A EPF aposentada, Regina Pitão, mãe de Adriana, 46, Carlos Eduardo, 40, e Daniela, 30, não foge ao clichê da mulher guerreira. Hoje, a EPF já é avó, o que, segunda ela, é ser mãe de novo. Regina teve seus filhos quando jovem, mas, diferente de Janaína, não pôde contar com a ajuda dos pais, que não eram mais vivos. “Quando entrei para a PF, minha caçula tinha cinco anos. Eu ficava preocupada com ela na creche. E, naquela época, a PF não tinha o efetivo que tem hoje, então, às vezes, eu tinha que viajar. Eu tive três gravidezes difíceis, mas a maternidade me deu um norte em um momento que eu estava perdida. Ser mãe é tudo de bom”, avalia.

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