Fenapef ingressa com ação indenizatória contra delegado que ofendeu policiais federais

16 de janeiro de 2015

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) ingressou recentemente com ação indenizatória e com representação na Corregedoria Geral da PF contra o delegado de Polícia Federal Adriano Mares Tarouco. Lotado na Superintendência Regional de Goiás, o DFP Tarouco é acusado de ofensas à categoria. Além das ações já em curso, a Fenapef recomendou os 27 sindicatos afiliados que propusessem, em seus respectivos estados, as medidas judicial e disciplinar mencionadas. O mesmo procedimento pode ser adotado por qualquer escrivão, papiloscopista ou agente federal (EPAs) que tenha se sentido ofendido com palavras caluniosas e difamadoras do delegado. Para tanto, basta procurar seu sindicato para ser assistido.

Histórico – A situação começou 
quando ainda tramitava no Congresso Nacional a Medida Provisória 657/2014, que garantia privilégios injustificáveis aos ocupantes do cargo de delegado, o que provocou a manifestação pública não só de EPAs como dos demais integrantes da carreira Policial Federal. A manifestação repercutiu na página pessoal do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, dando início a um debate sobre a crise na PF, com o DPF Tarouco se apresentado como super policial e se referindo aos EPAs como “recalcados e preguiçosos”. Ele fez ainda ataques diretos aos sindicatos, dizendo que atuariam como “propagadores de mentiras em relação aos benefícios que a MP traria para a população em termos de segurança pública”.Entendemos que a conduta do delegado está incursa em diversos dispositivos disciplinares, que preveem até a demissão do servidor, pois provocou grande discórdia entre os servidores da PF e aumentou ainda mais as turbulências internas pelas quais passa o órgão. A categoria espera que a Corregedoria dê uma resposta satisfatória para o caso, posto que EPAs estão sendo punidos por discussões banais nas redes sociais.

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