Eles têm histórias para contar: DEAIN

24 de fevereiro de 2022

Para saber um pouco mais das histórias sobre o cotidiano da profissão policial, o SSDPFRJ começa uma série em que conversa com profissionais da segurança pública da PF de diversas delegacias. No texto de estreia, o APF Alysson Azevedo, lotado há 15 anos no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, divide com os sindicalizados as ocorrências de todos os tipos que fazem parte da rotina no Galeão.

Ele já presenciou disputas familiares em que um genitor tentou embarcar para o exterior com o filho sem a devida autorização do outro genitor. Ou então, o casal de namorados que, em visita ao Rio, no Carnaval, se dá conta que o homem apresenta visto expirado e fica impedido de ingressar à cidade. No entanto, a mulher, sem querer abandonar a folia nem perder a viagem, cai no samba e deixa o namorado voltar pra casa sozinho.

“Também teve a história de um gato que desapareceu durante um embarque. Encontramos dias depois escondido dentro das engrenagens da escada rolante e o entregamos ao seu tutor”, relembra Alysson.

Mas a mais surpreendente de todas teve o próprio policial como personagem. “Após uma prisão por tráfico de drogas, encontramos uma conta na mala do preso. Constava o nome de outra pessoa, também integrante da organização criminosa. Descobrimos que esse rapaz possuía um mandado de prisão em aberto. E ao verificarmos o endereço na conta, a surpresa: o mesmo lugar onde eu morava”, revela.

O caso encerrou de modo exitoso. “Pedi ao porteiro para que me avisasse caso o vizinho aparecesse. Quando ele chegou, peguei minha arma, e sem tempo para chamar reforço, abordei e rendi o foragido da justiça. Com o rapaz algemado, esperei a chegada da equipe do Galeão. Não se deve levar trabalho para casa, mas nesse caso, não teve jeito”, diverte-se.

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