A segunda convidada da série “Eles(as) têm histórias para contar”, que o SSDPFRJ começou no fim de fevereiro, é a APF Gláucia Pinheiro, chefe do Núcleo de Segurança de Dignitários (NSD), no Rio de Janeiro. Com 25 anos de PF, 19 no NSD, o que não faltam a ela são histórias envolvendo a segurança de ministros, presidenciáveis, príncipes e rainhas, e nomes como o Papa Francisco, a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2014, Malala Yousafzai, e a família do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
“O objetivo principal na segurança de Dignitários é preservar a integridade física e moral da autoridade protegida. Então, dar tiros é algo que a gente não quer fazer. Mas temos esse treinamento”, esclarece a APF.
Com trabalhos realizados, alguns na coordenação, em eventos no Brasil como Copa do Mundo, Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Olimpíadas e Paraolimpíadas no Rio de Janeiro, Fórum Mundial da Água e BRICS, ela destaca a segurança do Papa Francisco em 2013, na JMJ.
“Foi como proteger um pop-star. A troca que o Papa tem com a população, o carisma, e a proximidade das pessoas, tudo era imenso e deixava a segurança mais desafiadora. Foi uma semana full-time com muitas demandas. Guardo boas lembranças”, recorda.
No entanto, a APF também entrega os momentos tensos que passou ao lado do Pontífice quando o comboio em que o grupo estava ficou preso na Av. Presidente Vargas com a população ao redor do Papa. O carro não era blindado e estava com os vidros abertos, por escolha do Pontífice. “Não tinha como passar sem machucar ninguém. E a gente não queria porque eram peregrinos. Eu saí toda roxa depois daquele dia”, relembra.
