Dentista do Departamento de Odontologia do SSDPFRJ aborda higiene bucal em tempos de Covid-19

8 de janeiro de 2021

Em tempos de Covid-19 e de cuidados redobrados com limpeza, o SSDPFRJ aproveita para abordar um assunto rotineiro, mas que nem sempre é realizado com a necessária atenção: a higiene bucal. O coordenador do Departamento de Odontologia do Núcleo de Atenção à Saúde do SSDPFRJ, o dentista Rafael de Souza, desmistificou uma possível relação entre a Covid-19 e a higiene bucal.

“Não há relação direta entre contaminação com o vírus Sars-Cov e a higiene bucal. Não importa se a escovação é péssima ou excelente, ninguém vai se infectar por Covid por isso. Também é muito improvável ser contaminado por colocar a mão em uma escova de dente infectada. Esse vírus é transmitido por contato entre mucosas nasal (nariz), oral (boca) e ocular (olhos)”, explica.

No entanto, Rafael reforça que a escova de dente não deve ser dividida e, caso a pessoa esteja com o vírus ativo, instrumentos de uso pessoal, como garfo e faca, devem ser isolados e nunca compartilhados.

Na prática clínica, o dentista percebe falhas na escovação dos pacientes. Ele frisa que a limpeza, incluindo o uso de fio dental, deve ser feita 15 minutos após as refeições e não imediatamente. A escovação realizada antes de dormir merece atenção especial. Quanto ao enxaguante bucal, ele só recomenda em casos de gengivite. Já a escova de dente deve ser trocada assim que as cerdas fiquem tortas.

“O que limpa é a ação mecânica da escova e do fio dental. Nem pasta de dente é necessário. Claro que o flúor que ela contém é bom, pois dificulta a formação de cáries e tártaro. A escovação deve ser suave, com movimentos curtos e vibratórios, e as cerdas da escova inclinadas, metade no dente e a outra metade na gengiva. Cinco segundos em cada dente basta”, esclarece.

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